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A catapora, também conhecida como varicela, é uma infecção viral altamente contagiosa, causada pelo vírus varicela-zoster. Comum principalmente entre crianças, a doença também pode acometer adultos, especialmente aqueles que não foram vacinados ou que não tiveram contato anterior com o vírus. No Brasil, a catapora ainda é uma preocupação de saúde pública, embora sua incidência tenha diminuído significativamente com a introdução da vacina.

Ela é caracterizada pelo aparecimento de lesões cutâneas, que se manifestam inicialmente como pequenas manchas avermelhadas e evoluem para bolhas cheias de líquido. Essas bolhas rompem e formam crostas, causando desconforto e coceira intensa. Embora a catapora geralmente tenha um curso benigno em crianças, complicações graves podem ocorrer, especialmente em adultos, gestantes e pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Os principais sintomas da catapora incluem:

- Febre moderada a alta

- Manchas vermelhas que evoluem para bolhas e, posteriormente, crostas

- Coceira intensa

- Cansaço e sensação de mal-estar

- Dor de cabeça e perda de apetite

A doença começa a se manifestar entre 10 e 21 dias após o contato com o vírus. O período de maior transmissibilidade ocorre entre um a dois dias antes do aparecimento das erupções cutâneas até o momento em que todas as lesões formam crostas.

O tratamento da catapora é basicamente sintomático, buscando aliviar o desconforto causado pela febre e pela coceira. Recomenda-se o uso de antitérmicos e anti-histamínicos para controlar os sintomas, além de cuidados com a pele para evitar infecções secundárias, como o uso de loções e banhos de aveia. Em casos mais graves, como em pacientes imunossuprimidos, o uso de medicamentos antivirais pode ser indicado para controlar a disseminação do vírus.

É fundamental evitar coçar as lesões para reduzir o risco de cicatrizes e infecções. Manter as unhas cortadas e o corpo limpo também são medidas importantes para o manejo da doença.

No Brasil, a catapora é uma doença que, apesar de sua alta taxa de contágio, teve uma queda significativa no número de casos após a introdução da vacina no Calendário Nacional de Vacinação. Entretanto, surtos ainda ocorrem em grupos não vacinados, como em algumas regiões mais vulneráveis ou entre populações que não seguem rigorosamente o calendário de imunização.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a incidência de casos tem diminuído, especialmente em crianças, grupo mais afetado pela doença. Entretanto, a vigilância epidemiológica permanece ativa para evitar surtos, principalmente em ambientes como escolas e creches.

A vacina contra a catapora é altamente eficaz e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela faz parte da vacina tetraviral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora). Ela é aplicada em duas doses: a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade. Em casos de surtos ou exposição ao vírus, a vacina pode ser administrada em pessoas não imunizadas para prevenir o avanço da doença.

Além de proteger o indivíduo, a vacina contribui para a imunidade coletiva, reduzindo a circulação do vírus na população. Para adultos que nunca tiveram catapora e não foram vacinados, é recomendada a vacinação, principalmente para gestantes e pessoas com imunidade baixa, como pacientes com HIV ou em tratamento para câncer.