A ansiedade, considerada o mal do século, tem impactado milhões de pessoas ao redor do mundo, e o Brasil não fica de fora dessa estatística alarmante. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de ansiedade do mundo, afetando mais de 18,6 milhões de brasileiros, o que corresponde a cerca de 9,3% da população. Esse cenário coloca em evidência a necessidade de discutir mais abertamente sobre o transtorno e seus impactos na saúde mental.
Ansiedade é uma resposta natural do corpo a situações estressantes ou de perigo, funcionando como um mecanismo de defesa. No entanto, quando essa sensação de preocupação e medo se torna constante e desproporcional ao contexto, ela pode evoluir para um transtorno. Pessoas que sofrem de ansiedade podem experimentar desde sintomas físicos, como taquicardia, sudorese e falta de ar, até sinais emocionais, como irritabilidade, preocupação excessiva e dificuldade de concentração.
No Brasil, os números mostram uma realidade preocupante. Segundo dados de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), aproximadamente 19,4% da população já foi diagnosticada com algum tipo de transtorno mental, sendo a ansiedade um dos mais prevalentes. A pandemia da Covid-19 intensificou esse quadro, com o isolamento social e o medo do contágio elevando os níveis de estresse e ansiedade em diferentes faixas etárias.
Os sintomas da ansiedade podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns sinais comuns incluem sensação de nervosismo, aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada, tremores, insônia e pensamentos intrusivos. Em casos mais graves, o transtorno pode evoluir para crises de pânico, uma condição incapacitante que demanda intervenção médica imediata.
Apesar da alta prevalência, o tratamento para ansiedade é eficaz na maioria dos casos. Terapias psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), associadas à prática de atividades físicas e à adoção de hábitos de vida saudáveis, têm mostrado resultados positivos. Em casos mais graves, a intervenção medicamentosa também pode ser necessária, sempre sob orientação de um especialista.
A discussão sobre saúde mental é urgente e necessária. Enfrentar a ansiedade requer mais que tratamentos individuais; é preciso quebrar o estigma que ainda envolve os transtornos mentais. Promover a conscientização e buscar ajuda especializada são os primeiros passos para uma vida mais equilibrada e saudável.