
O exame de fundo de olho, também chamado de oftalmoscopia, avalia as condições do humor vítreo (líquido do olho), da retina, dos vasos sangüíneos (veias e artérias retineanas) e do nervo óptico (responsável por levar os estímulos visuais, já convertidos em sinais elétricos, ao cérebro).
Todas as pessoas devem ser submetidas a esse exame porque ele detecta várias doenças oculares, como: glaucoma e distúrbios de retina. O procedimento também consegue diagnosticar outros males como: diabetes, leucemia, AIDS, tuberculose, inflamações reumáticas, toxoplasmose e distúrbios da tireóide.
O ideal é de que todas as pessoas inclusive as crianças se submetam a esse exame. O ideal é de que todas as crianças recém- nascidas realizem esse procedimento, inclusive os prematuros e os bebês de mês que tiveram algum tipo de infecção durante a gravidez. Em todo o Estado de Minas, desde 2004, o exame se tornou obrigatório a todo recém-nascido.
Apesar do nome complicado, a oftalmoscopia é de fácil aplicação e não requer muito tempo para ser realizado. Além do oftalmologista, outros especialistas também podem realizá-lo, como o clínico- geral, o endocrinologista e o neurologista. Embora eles tenham o intuito de avaliar outros aspectos da saúde do paciente, como os relacionados à hipertensão, ao diabetes e também à pressão intracraniana.
Com a ajuda de um aparelho, que contém uma lente especial, capaz de aumentar a imagem diversas vezes, o médico observa as condições do humor vítreo (líquido do olho). Existem dois tipos de oftalmoscopia: a direta e a indireta. A primeira proporciona uma maior ampliação da imagem. A segunda, mesmo tendo uma ampliação menor, permite a visualização da periferia da retina.
Nem sempre a dilatação da vista é necessária no exame de fundo de olho. A análise da porção posterior da retina (câmara posterior) de pacientes sem problemas oculares pode ser feita sem a dilatação. Sem dilatar a visão, o médico consegue ver a retina aumentada, mas a imagem não é tridimensional (com profundidade). Isso é importante só em alguns casos.
O médico pode pingar gotas de colírio (sem dilatar a visão) nos olhos do paciente para que ele possa ver melhor as condições do globo ocular.
Quem não tem problemas oculares e indivíduos com doenças que predispõem a males na região dos olhos (como diabetes, leucemia, câncer, distúrbios da tireóide, entre outros) precisam fazer o exame anualmente, especialmente se já passaram dos 40 anos. Mas nada impede que o oftalmologista estipule outra periodicidade, levando em conta o histórico do paciente. Portadores de hipertensão, diabetes e glaucoma, especialmente, devem ficar atentos à saúde de seus olhos.
Fonte: Revista Vida Saúde