A endomedriose tem se apresentado com mais freqüência nos consultórios dos médicos. Os casos da doença têm crescido consideravelmente, porem os especialistas ainda não sabem ao certo a causa da enfermidade. Com a propagação da doença, os diagnósticos são realizados com mais precisão e em maior número.
A endometriose é uma condição na qual o decido que age como mucosa que reveste a parede do útero, o endométrio, cresce em outras áreas do corpo, causando dor e sangramentos irregulares.
A formação desse teciso, geralmente acontece na região pélvica, fora do útero, nos ovários, intestino, bexica e na membrama que reveste a pélvis
Os médicos acreditam que quanto mais cedo a endometriose for diagnosticada maiores são as chances de cura. Atualmente o tempo médio entre a instalação da doença e o início do tratamento é de oito anos, suficiente para que a doença passe de leve para profunda. Por isso, quando mais cedo for feito o diagnostico, mais fácil será o tratamento.
O diagnóstico inicial pode ser realizado através do histórico clínico da paciente e baseado nos sintomas característicos da doença. Nesse caso, um exame ginecológico também pode ajudar. A avaliação física é igualmente essencial na investigação da doença. O exame do abdome, por exemplo, pode revelar ao especialista se há aumento abdominal ou dores localizadas. Já o exame do colo do útero pode detectar a doença no colo ou na parede vaginal, enquanto o toque ginecológico avalia possíveis aumentos nos ovários, dores atrás do útero e eventuais nódulos dolorosos presentes na endometriose profunda. Entre os exames por imagens, destacam-se:
Ultrassom Transvaginal Especializado: permite a imagem do útero, ovários e lesões profundas da endometriose.
Ressonância magnética da pélvis: auxilia no diagnóstico da endometriose profunda.
Videoparoscopia: considerada por muitos especialistas como o melhor método para diagnosticar a doença, assim como para se iniciar o tratamento (quando é indicada cirurgia). O exame é feito por meio de um tubo metálico com 10 mm de diâmetro e uma microcâmera na sua extremidade, que permite a visualização da cavidade abdominal. O tubo é introduzido por um pequeno corte feito no interior da cicatriz umbilical. Uma das vantagens é que o exame permite ao médico enxergar pequenos focos da doença, nem sempre perceptíveis.
Existem também métodos laboratoriais que ajudam no diagnóstico. Um deles é o uso de um exame de sangue, denominado CA 125. Inicialmente, esse exame era um dos testes usados para o diagnóstico de câncer de ovário. Porém, os médicos perceberam que ele também pode dar positivo em outras doenças benignas, como a endometriose, ainda que não seja específico para ela. A melhor indicação para fazer esse exame, seguindo alguns especialistas, é quando há suspeita de endometriose avançada.
Tratamento endometriose:
As opções de tratamento incluem:
• Medicamentos para controlar a dor
• Medicamentos para impedir que a endometriose piore
• Cirurgia para retirar as áreas de endometriose
• Histerectomia com retirada dos dois ovários
O tratamento depende dos seguintes fatores:
• Idade
• Gravidade dos sintomas
• Gravidade da doença
• Se você deseja ter filhos
Algumas mulheres que não desejam ter filhos e que apresentam um grau leve da doença e dos sintomas podem optar por fazer apenas exames periódicos uma ou duas vezes por ano para que o médico verifique se a doença não está piorando. Os sintomas podem ser controlados com:
• Exercícios e técnicas de relaxamento
• Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINE), como ibuprofeno (Advil), naproxeno (Aleve), acetaminofeno (Tylenol) ou analgésicos receitados para aliviar a cólica e a dor.
O tratamento pode envolver a interrupção do ciclo menstrual e a criação de um estado similar à gravidez. Isso é chamado de pseudogravidez e pode ajudar a impedir que a doença piore. Para isso, são usadas pílulas anticoncepcionais com estrogênio e progesterona.
• Você deve tomar o medicamento, de forma contínua, durante seis a nove meses e parar de usá-lo por uma semana para menstruar. Os efeitos colaterais são manchas de sangue, sensibilidade nos seios, náusea e outros efeitos colaterais hormonais.
• Este tipo de terapia alivia a maioria dos sintomas da endometriose, mas não evita as cicatrizes (aderências) causadas pela doença. Ela também não reverte as alterações físicas que já ocorreram.
Outro tratamento envolve comprimidos ou injeções de progesterona. Os efeitos colaterais podem ser incômodos e incluir depressão, ganho de peso e manchas de sangue.
Para algumas mulheres, podem ser receitados medicamentos que impedem a produção de estrogênio pelos ovários. Esses medicamentos são chamados de drogas agonistas de gonadotropina e incluem acetato de nafarelina (Synarel) e Lupron Depot.
• Alguns possíveis efeitos colaterais incluem sintomas de menopausa, como ondas de calor, secura vaginal, alterações de humor e perda precoce de cálcio dos ossos.
• Em razão da perda de densidade óssea, esse tipo de tratamento geralmente é limitado a seis meses. Em alguns casos, ele poderá ser prolongado por até um ano se pequenas doses de estrogênio e progesterona forem receitadas para reduzir os efeitos colaterais de enfraquecimento ósseo.
A cirurgia é uma opção para as mulheres que apresentam dor intensa que não diminui com o tratamento de hormônios ou que desejam engravidar agora ou no futuro.
• Uma laparoscopia ou laparotomia pélvica é realizada para diagnosticar a endometriose e retirar ou destruir todo o tecido relacionado à endometriose e o tecido cicatricial (aderências).
• As mulheres que têm doença ou sintomas graves e não querem ter filhos no futuro podem fazer a cirurgia para retirada do útero (histerectomia). Um ou os dois ovários e as trompas de Falópio também podem ser removidos.
Uma em cada três mulheres que não retiraram os dois ovários durante a histerectomia apresentará os sintomas novamente e precisará de cirurgia mais tarde para remover os ovários.