O mês de dezembro marca o início da campanha “Dezembro Vermelho”, que chama atenção da sociedade para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), principalmente aquela causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico responsável pelas defesas do organismo e causa a aids, a síndrome da imunodeficiência humana.
Vale alertar para a importância da testagem para identificar a infecção pelo HIV o quanto antes e iniciar o tratamento com os medicamentos antirretrovirais para ter mais chances de o paciente desfrutar de uma melhor qualidade de vida.
Todas as pessoas que têm vida sexual ativa sem proteção podem estar infectadas pelo HIV e não saber, já que na maior parte das vezes não há sintomas no início. É importante realizar testes para saber se a pessoa está infectada e, em caso positivo, dar início ao tratamento que não deve ser interrompido.
Além de cuidar da saúde evitando a evolução da doença, a pessoa infectada que está em tratamento com antirretrovirais também não transmite o HIV para as parcerias sexuais quando a carga viral é indetectável em exames de rotina. Uma gestante soropositiva, realizando o tratamento adequado e não amamentando o seu bebê após o nascimento, também torna o risco de transmissão à criança muito pequeno.
Prevenção combinada
Além da testagem específica do HIV, é importante destacar a existência da prevenção combinada, que associa diferentes métodos contra as IST, como sífilis e as hepatites B e C, incluindo as testagens realizadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Outras formas de combater as IST são:
- a prevenção da transmissão vertical do HIV (quando o vírus é transmitido para o bebê durante a gravidez);
- o tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais;
- a imunização para as Hepatites A e B;
- os programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias;
- a oferta das profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP);
- além do tratamento de pessoas que já vivem com HIV.
Todos esses métodos podem ser utilizados pela pessoa isoladamente ou combinados. Apesar de ainda não existir a cura para a infecção do HIV/Aids, se a pessoa infectada realizar adequadamente o tratamento, é possível reduzir a carga viral até torná-la indetectável, o que faz o vírus perder o poder de ataque às células de defesa. Dessa forma, a pessoa pode levar uma vida normal, inclusive não transmitindo o vírus para outras pessoas, mesmo em situações de risco.