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Antes de entender essa doença, é preciso entender como e onde ela ocorre. Para isso, alguns conceitos são fundamentais para sua compreensão adequada.

O vitiligo é uma doença genética, crônica e de origem autoimune.

Por ser uma doença genética, somente aquelas pessoas que possuem uma predisposição genética é que podem desenvolver essa doença.

Uma doença autoimune consiste no mau funcionamento do sistema imunológico, no qual ocorre um ataque às próprias células do organismo. No caso do vitiligo, as células do sistema imune atacam os melanócitos (células responsáveis por produzir a melanina, pigmento que dá cor à pele).

Classicamente, ela é uma doença crônica e, por isso, tende a manifestar-se após alguma espécie de “agressão” local, responsável por desencadear essa resposta imune.

QUAIS SÃO OS SINAIS E SINTOMAS DO VITILIGO?

O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele, que ocorre principalmente em regiões mais expostas a traumas, como joelhos, cotovelos, mãos, face e região genital. Essa tendência quanto a localidade decorre da correlação com a sua maior interação com o ambiente, o que muitas vezes desencadeia uma resposta imune local que pode resultar nas manchas características da doença.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO VITILIGO?

Na grande maioria dos casos, não há qualquer sintoma relacionado ao surgimento ou progressão das manchas na pele, ou seja, tende a ser completamente assintomático. Contudo, alguns poucos casos tendem a ser acompanhados de coceira ou outros sintomas dermatológicos locais, mas estes tendem a se relacionar muito mais ao fator desencadeante do que ao vitiligo propriamente dito.

QUAIS SÃO OS FATORES DESENCANTES?

Além dos traumas mecânicos nos locais citados, existem outros fatores que podem estar relacionados ao desencadeamento do vitiligo, sendo eles:

Traumas psicológicos;

Hidroquinona: composição de produtos dermatológicos para clareamento e outros;

Exposição solar;

Queimaduras.

O VITILIGO É CONTAGIOSO?

Apesar de, popularmente, muitos associarem manchas na pele como algo sempre contagioso, é preciso destacar que o vitiligo não é contagioso e não há qualquer comprovação científica de um possível agente infeccioso capaz de conferir essa característica a estas manchas. Como dito anteriormente, o vitiligo se manifesta apenas nas pessoas que possuem uma predisposição genética para sua ocorrência.

Pessoas com vitiligo não oferecem nenhum risco de contágio às pessoas ao seu redor, podendo frequentar piscinas e praias, até mesmo se houver contato direto com as manchas. Sendo assim, é de extrema importância que os indivíduos com essa condição dermatológica sejam inseridos normalmente às atividades cotidianas, evitando assim futuros prejuízos à sua saúde mental.

PREVENÇÃO

Muito embora ainda não se saiba o mecanismo exato do surgimento das lesões características do vitiligo, pode-se dizer que sua origem autoimune e genética sinaliza para algumas medidas a serem adotadas como forma de prevenção e/ou como forma de evitar a progressão das lesões, sendo elas:

Evitar traumas mecânicos;

Controlar o estresse (evitar traumas psicológicos);

Utilizar produtos dermatológicos e outros medicamentos somente com recomendação médica;

Utilizar filtro solar e evitar exposição excessiva ao sol.

TRATAMENTO

Quando o assunto é vitiligo não podemos falar em cura da doença, mas apenas no controle da doença. Sendo assim, o tratamento visa cessar o aumento das lesões, buscando então a estabilização do quadro. Atualmente, são indicadas as terapias de repigmentação das regiões afetadas, com fototerapias, vitamina D e medicamentos como tacrolimus e corticosteróides.

Vale lembrar que existem classificações específicas às manifestações do vitiligo e que, portanto, devem ser conduzidas individualmente. Por isso, sua condução deve, necessariamente, ser feita por um especialista (dermatologista).

Referências:

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica