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A crescente presença de dispositivos eletrônicos no cotidiano tem levantado preocupações sobre os impactos do uso excessivo de telas na saúde. Pesquisas recentes indicam que o tempo prolongado diante de smartphones, computadores e tablets pode acarretar diversos problemas, especialmente relacionados à saúde mental.

Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que o uso excessivo de telas está associado a uma piora na saúde mental de indivíduos de diferentes faixas etárias. A pesquisa destacou a presença inesperada de nomofobia — medo de ficar sem o celular — entre idosos. Além disso, constatou que 72% dos estudos focados em crianças identificaram um aumento nos casos de depressão relacionado ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos.

A saúde física também é afetada. O uso prolongado de telas pode levar a problemas de visão, como a síndrome do olho seco e fadiga ocular, além de contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de miopia. Adicionalmente, a postura inadequada durante o uso desses dispositivos está ligada a dores musculares e problemas na coluna.

Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil apontam que, em 2021, 92% das crianças entre 9 e 10 anos já eram usuárias da internet, um aumento significativo em relação aos 79% registrados em 2019. Esse crescimento acende um alerta sobre a necessidade de monitoramento e orientação quanto ao tempo de exposição das crianças às telas.

Especialistas recomendam estabelecer limites para o uso de dispositivos eletrônicos, incentivando pausas regulares e a prática de atividades físicas. A conscientização sobre os riscos associados ao uso excessivo de telas é fundamental para promover um equilíbrio saudável entre a vida digital e as interações presenciais.

Em um mundo cada vez mais conectado, é imperativo que indivíduos e famílias adotem hábitos que preservem tanto a saúde mental quanto a física, garantindo que a tecnologia seja uma aliada, e não um fator prejudicial ao bem-estar. Pequenos ajustes na rotina, como reduzir o uso de telas antes de dormir, investir em momentos offline e priorizar atividades ao ar livre, podem fazer uma grande diferença.

A adoção de práticas mais equilibradas não significa abandonar a tecnologia, mas sim usá-la de forma consciente e saudável. Governos, educadores e profissionais de saúde têm papel fundamental na orientação sobre os impactos do uso excessivo de telas, promovendo campanhas e diretrizes para um consumo digital mais responsável. Com informação e equilíbrio, é possível aproveitar os benefícios da tecnologia sem comprometer a saúde física e mental, garantindo qualidade de vida para todas as idades.