Existe um anticoncepcional adequado para cada fase da vida da mulher. Leia o material abaixo e descubra qual é o ideal para você. È importante lembrar que é necessário consultar o seu ginecologista antes de começar a usar qualquer método contraceptivo.

Na adolescência
Não existe idade mínima recomendada para a utilização de pílulas, embora alguns estudos não indiquem seu uso na adolescência por aumentar o risco de câncer de mama no futuro. Mas isso não está absolutamente comprovado. E a necessidade de evitar uma gravidez indesejada costuma compensar os riscos. A pílula é a mais apropriada, mas o médico deve definir qual, dentre as disponíveis no mercado, é mais indicada para o perfil clínico. Além da contracepção, a pílula melhora a pele e reduz as cólicas, o sangramento e os sintomas de TPM. Nessa fase é indicado que a pílula seja acompanhada por um método de barreira, ou seja, a camisinha. Isso melhora a eficácia da contracepção e protege da contaminação por DSTs ( Doenças Sexualmente Transmissíveis) , como sífilis, gonorreia, HIV e HPV.

Para quem não tem parceiro fixo
Uma boa escolha é associar mais de um método de barreira, como o diafragma e a camisinha. Com o diafragma não há uso de hormônios que, para algumas mulheres, provocam efeitos colaterais como inchaço e dores de cabeça. A camisinha concede proteção contra as DSTs. E os dois métodos associados, se usados corretamente, garantem uma eficácia de 100% .

Quem está no início de carreira e quer evitar filhos de qualquer forma
Tanto anticoncepcionais hormonais (pílula e suas variações) quanto o DIU são altamente eficazes e seguros.

Quem quer ter filho logo
Pode ser qualquer um deles, até mesmo a pílula. Existe um mito de que o uso da pílula por longos períodos compromete a fertilidade da mulher, mas isso não é verdade. Assim que a mulher para com a pílula volta a ter ciclos ovulatórios e pode engravidar.
O que dificulta a gravidez é o avançar da idade. Se a mulher tomar pílula por 15 anos, digamos, dos 20 aos 35 poderá não engravidar porque sua taxa de fecundidade diminuiu, não por causa da pílula. Mesmo com tudo ok com a fertilidade, é aconselhável que a mulher evite engravidar por três meses depois da suspensão da pílula. Embora exista a possibilidade de gravidez imediata, pode haver um pequeno risco de abortamento porque o endométrio (mucosa interna do útero) pode ainda não ter voltado ao normal para receber o óvulo fecundado.

Quem já teve filho e não quer engravidar novamente
Existem pílulas específicas para serem usadas durante a amamentação, com dosagem menor, e que não fazem mal ao bebê. Enquanto amamenta, a chance de a mulher engravidar é pequena, mas não pode ser desprezada. Depois de passada essa fase, a mulher pode retomar o método que usava antes da gravidez. Mas com um ou mais filhos pequenos, e tantas tarefas na cabeça, a mulher muitas vezes pode se esquecer de tomar a pílula.
Mulheres no climatério
As pílulas de baixa dosagem são uma boa opção para mulheres que já apresentam sintomas do climatério, mas ainda menstruam e, portanto, têm chance de engravidar. Após a menopausa, ou seja, a parada total da menstruação não há mais necessidade do uso de anticoncepcional. Mas nessa fase é especialmente importante que as fumantes evitem os anticoncepcionais com estrógeno sintético. A associação desse hormônio com cigarro aumenta a chance de trombose e pode ser especialmente nociva no climatério, quando o organismo começa a perder a proteção dos hormônios femininos.

Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte ainda causa alguma polêmica porque muitos a consideram abortiva. Mas, na verdade, ela age antes que a gravidez ocorra. Tomada até 72 horas depois da relação sexual, ela provoca uma descamação na parede do útero que impede a fixação de um possível óvulo fecundado. Mas se não for tomada dentro desse período, pode não fazer efeito. O medicamento só deve ser comprado com receita médica e os efeitos colaterais costumam ser acentuados, como náuseas e dores de cabeça fortes. Por isso, deve ser usada apenas como uma forma de contracepção de emergência. Além disso, sua eficiência pode ser menor do que a pílula convencional, que é de 99%. Se tomada até 24 horas, a chance de engravidar é de 1%, mas sobe para 5% em 72 horas.

Fonte: Revista Viva Saúde