Cuidados alimentares durante o puerpério

Após o parto, caso a mulher não tenha reservas ou o consumo de nutrientes e líquidos for inadequado, pode haver impacto na produção do leite materno. Essa produção é estimulada pela sucção do recém-nascido e a qualidade do leite tem relação com a composição da alimentação.

Dicas gerais sobre a alimentação materna

Mantenha a alimentação saudável e equilibrada. Evite períodos prolongados de jejum. Fracione as refeições, no máximo, entre 3 a 4 horas;

Hidrate-se ingerindo água e líquidos. A recomendação de consumo é, em média, 30 ml/kg/dia de líquidos;

Faça variações na composição do cardápio. Contemple todas as necessidades nutricionais: aumente o consumo de frutas e vegetais da época, produtos integrais, carnes magras e leite/derivados;

Consuma peixe, salmão ou sardinha, 2 a 3 vezes por semana para aumentar a ingestão de ômega 3, que é um tipo de gordura transferida para a criança pelo leite materno. Este nutriente está relacionado com o desenvolvimento neurológico satisfatório e também pode auxiliar no aumento do valor calórico do leite materno;

Garanta o consumo de fontes de cálcio (leite e derivados, vegetais de cor verde-escura) entre 3 a 4 porções/dia;

Consuma fontes de vitamina A e betacaroteno (vegetais e frutas vermelho/amarelo-alaranjados), em dias alternados;

Adoçantes compostos por aspartame, sucralose, neotame, sacarina, acesulfame K geralmente não apresentam contraindicação. Vale ressaltar que a sacarina, quando associada ao ciclamato, é contraindicada. Siga as recomendações de seu médico;

Evite o consumo de alimentos gordurosos, frituras e doces;

Reduza o consumo de cafeína (café, chá preto, chá mate, chá verde, chocolate, refrigerantes à base de cola), pois pode causar insônia ou hiperatividade nos lactentes;

O álcool não deve ser consumido, pois pode ser prejudicial ao bebê e afetar a produção do leite;

Modere o consumo de chocolate, pois pode causar irritabilidade ou aumento da movimento (peristalse) intestinal no lactente;

Atenção aos tabus alimentares, pois são de origem desconhecida e não apresentam explicação científica convincente. Procure manter a alimentação habitual, semelhante a que foi realizada durante a gestação, com ênfase nos hábitos saudáveis, observando a individualidade/sensibilidade do bebê;

Não faça restrições alimentares sem orientação do médico ou nutricionista.

Qual a recomendação de amamentação para mães vegetarianas?

Observe o risco de hipovitaminose B (falta de vitamina B) em crianças amamentadas por mães vegetarianas, pois a vitamina não pode ser encontrada em vegetais. É importante também certificar-se de que as mães vegetarianas estão ingerindo quantidade suficiente de proteínas.